Aproveitando este período onde é realizada a campanha novembro azul, que tem como finalidade abordar sobre o câncer de próstata e reforçar a importância do acompanhamento e cuidado com consultas e exames periódicos. Nos dá a possibilidade também de entrar em contato com outras questões relacionadas.
Infelizmente o preconceito ainda interfere na rotina de cuidados com a saúde do homem, cuidar da saúde quando já está prejudicada. Este cenário demonstra o quanto ainda o machismo está enraizado e as consequências que a falta de conscientização podem trazer.
Padrões muito profundos que nos acompanham e acabam sendo reproduzidos no dia a dia, na educação dos filhos, na organização e no funcionamento da casa, divisão de responsabilidades, vida profissional, cuidado com a saúde e relacionamentos. Foi aprendido que acessar emoções, seria uma demonstração de fraqueza, este é um ponto que está permeado de crenças limitantes e a partir disso os padrões acabam sendo criados de forma distorcida. Deste modo, infelizmente a falta de cuidado com a saúde e inclusive ter maior sensibilidade para aprender a entrar em contato com as emoções, acabem sendo tratado como algo irrelevante e sem importância ou julgado como fraqueza. A raiva, a agressividade, o choro calado, são emoções reprimidas que irão desaguar em algum lugar se não acolhidas.
Estamos num novo tempo, de desconstrução, ressignificação e consciência. Já escutamos muito, como: isso é coisa de mulherzinha, não seja fraco, engole o choro, homem não chora”. Tudo isso só fortalece este lugar emocional de que a fraqueza é coisa de mulher e ainda colocando a mulher num lugar de extremo desvalor, o que reforça ainda mais o machismo, o desequilíbrio e desrespeito nas relações. Inclusive, o feminismo é umas das ferramentas de suma importância na busca do equilíbrio da igualdade e equidade entre os gêneros.
Com estes padrões construídos e muito enraizados, é completamente natural que pensando na saúde do homem o cuidar de modo geral: ele emocional, físico ou psíquico, seja tratado como algo que não é importante ou necessário.
É tempo de ressignificação e transformação, com amor e responsabilidade, aprender a construir uma relação consigo mesmo de comprometimento e cuidado.
Créditos de Imagem: De Mihai Paraschiv por Pixabay
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