Sintomas do TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo

Perdendo apenas para a Depressão, o TOC vem sendo o segundo transtorno mais presente no mundo. No Brasil avalia-se que 4,5 milhões de pessoas lidam com o transtorno, apresentando os sintomas do TOC – transtorno obsessivo compulsivo.

Durante muito tempo o TOC foi considerado como uma doença rara, pois haviam poucos casos de sintomas relacionados a esta classe. Considera-se que as pessoas com o desejo de mascarar suas aflições, acabavam não buscando ajuda, pois quando se tinha consciência da doença e percepção de suas atitudes, muitos sentiam-se constrangidos em falar a respeito, o que leva muitos profissionais da área subestimarem o número de pessoas com essa doença.

Sobre os sintomas do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)

Como sintomas o TOC apresenta padrões repetitivos de comportamentos e pensamentos angustiantes, desagradáveis e extremamente difíceis de que se consiga bloqueá-los.

Os sintomas do TOC são caracterizados por:

  • desconfortos
  • medos
  • pensamentos sem sentido
  • repetição de atitudes
  • mal-estar
  • elevada ansiedade

Para alivio do presente desconforto, o paciente pode tornar-se escravo de determinados rituais, como por exemplo:

  • limpeza
  • verificação
  • contagem
  • repetição
  • contaminação
  • agressão
  • religião
  • coleções

Torna-se verdadeiramente preocupante quando passa-se a consumir muito tempo do dia direcionado para realização dos rituais. Comprometendo negativamente toda rotina, como trabalho, escola e vida social.

Tratamento para TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)

O TOC requer acompanhamento e tratamento adequado, independentemente dos níveis dos sintomas do TOC, sendo leve, moderado ou grave.

Torna-se muito difícil e angustiante o convívio com o transtorno. Na maioria das vezes, as pessoas se dão conta efetivamente após anos de convívio com os hábitos frequentes ou quando os mesmos causam impacto e atrapalham o funcionamento normal do dia-a-dia. Sendo muito comum casos de negação do paciente e também da família.

Existem algumas opções para o acompanhamento e tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo. O tratamento pode ser medicamentoso (realizado por médicos Psiquiatras) e/ou terapêutico (com o acompanhamento de um Psicólogo).

Segundo os especialistas, o paciente com TOC possui níveis baixos de serotonina. A serotonina é um dos neurotransmissores mais importantes do cérebro, sendo responsável por funções como o humor, o apetite e o sono. A medicação por exemplo tem como objetivo atuar mantendo os níveis de serotonina adequados.

Falando de psicoterapia tradicional, o objetivo é auxiliar o paciente a elaborar e reconhecer suas demandas. A Psicologia dispõe de diversas técnicas e abordagens, para que o Psicólogo possa atuar de forma assertiva de acordo com a dinâmica e necessidade de cada indivíduo.

A psicoterapia é uma das ferramentas disponíveis que oferece uma resposta significativa na eficácia do tratamento do transtorno. É uma maneira eficiente de amenizar e reduzir o quadro de ansiedade e estresse que o paciente se encontra, e direcionar a sua atenção para o problema para que o mesmo possa ter consciência de suas compulsões e olhar para seus conflitos internos.

DICAS AOS PACIENTES E SEUS FAMILIARES

É muito importante que a família e pessoas próximas também estejam informados e conscientes. Para que possam saber qual a melhor forma de lidar com as diversas situações, acompanhar e tentar ajudar o paciente a enfrentar as particularidades que este tipo de transtorno causa.

É necessário que a pessoa se sinta acolhida e incentivada a procurar a ajuda de um profissional. Se você tem alguém próximo que passa por isso, tenha paciência e ofereça apoio.

Observe, faz toda diferença:

  • O convívio com determinados tipos de rituais do portador do transtorno pode interferir na rotina da família. Por mais difícil e doloroso que possa ser, o pior sempre será adiar o dia de buscar ajuda profissional;
  • É muito comum que qualquer um de nós já tenhamos tido um comportamento compulsivo. Porém, requer atenção a partir do momento que as repetições são presentes ao ponto de prejudicar a sua rotina;
  • No que se refere a crianças, é absolutamente comum terem certos rituais. Mas é importante que os pais notem a intensidade e frequência;
  • Pais e familiares não devem incentivar a repetição de rituais e manias de seus filhos. Torna-se extremamente importante que os mesmos sejam orientados e ajudados a tentar lidar e enfrentar os pensamentos obsessivos. Tentando sempre de alguma forma aliviar a ansiedade, auxiliando no comportamento compulsivo.

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