Em meados da década de 60 o Transtorno Obsessivo Compulsivo era tido como um transtorno de difícil tratamento. Por não perceberem que se tratava de um quadro obsessivo, muitas vezes era diagnosticado já com um certo grau de avanço.
Atualmente o TOC tem cura?
Atualmente podemos dizer que o TOC tem cura para 70% dos pacientes, que através do tratamento conseguem eliminar ou pelo menos diminuir os sintomas.
Vale ressaltar que geralmente o transtorno é confundido ou comparado a manias simples, desta forma muitos que possuem o TOC acabam cometendo o erro de não buscar a ajuda adequada, e isso acaba prejudicando a sua vida.
O TOC é envolvido pelo seguinte ciclo:
- PREOCUPAÇÃO (pensamento obsessivo)
- ANSIEDADE (emoção)
- BUSCA DO ALÍVIO (comportamento compulsão)
Exemplo típico:
O indivíduo sente-se com as mãos sujas, neste processo o mesmo pode chegar a lavar as mãos inúmeras vezes.
Mesmo sabendo que já havia lavado sua mão, a ansiedade e a angustia são muito mais fortes do que o pensamento lógico. Acaba sendo uma briga interna intensa, os comportamentos são repetidos para que ocorra o alivio da tensão e ansiedade trazidos pelo pensamento obsessivo.
As alternativas de tratamento para o TOC:
1) Psicológica / Terapêutica:
É necessário que a ansiedade seja aceita pelo paciente como um processo desconfortável, mas que pode ser tolerado. O TOC tem cura, mas para que o tratamento seja positivo é necessário que o indivíduo tome consciência e entre em contato com a ansiedade como um estado desconfortável. A psicoterapia tem papel fundamental nesse processo.
2) Acompanhamento Psiquiátrico (Medicamentos)
O tratamento psiquiátrico é realizado com medicamentos do grupo dos antidepressivos que atuam através da serotonina.
O TOC tem cura, e uma das opções para tratamento seria também pelo acompanhamento psiquiátrico, mas é indicado que o tratamento seja mantido durante um ano depois do desaparecimento dos sintomas. Caso também tenham realizado acompanhamento psicológico, deve ser mantido por mais 6 meses. Após este período, recomenda-se que o medicamento seja retirado gradualmente, apenas 25% a cada dois meses. No caso de pacientes que tiveram aproximadamente 3 ou 4 recaídas, fala-se da possibilidade de manter a medicação por um período maior e em alguns casos a vida toda.